quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Townsville (A chegada)

Quando cheguei ao aeroporto de Brisbane, tenho de admitir que estava um bocado nervoso. Tinham dado no avião um formulário onde se tinha de responder por quanto tempo se iria ficar na Austrália e mais uma série de coisas como se se trazia medicamentos e afins. Eu, um pouco cobarde, respondi que sim a uma data de coisas, tudo porque tinha umas botas de campo e alguns medicamentos. Outra coisa que me enervava era que eu estava a entrar com um visto de turista e mas na realidade vinha para estudar um ano. Aparentemente fiz muito bem, não me deram qualquer problema pelo tempo, pelos medicamentos e como bónus resolveram limpar-me as ditas botas. Fiquei logo bem impressionado com a Austrália, gente sorridente, prestável e em vez de criar problemas criam soluções. Devo desde já dizer que continuo com a mesma impressão.
Tive então de fazer o transfere para o outro terminal, o doméstico. Saí do aeroporto e estava a chover torrencialmente no meio de um calor um bocado opressivo devido à humidade. O que mais me impressionou na chegada e que continua a impressionar é a felicidade que as pessoas demonstram. As pessoas sorriem enquanto andam e cumprimentam-se, normalmente com um sorriso mais rasgado ou com um pequeno aceno de cabeça. Eu até estou habituado a que as pessoas se cumprimentem, devido a ter trabalhado em sítios pequenos em Trás-os-Montes e no Alentejo, mas aqui é diferente. Talvez seja a falta de espalhafato com que se cumprimentam, quase como uma obrigação, ou simplesmente a alegria e facilidade com que o fazem. Bem, não entendo muito bem a diferença mas ela existe.
O voo de Brisbane para Townsville foi de curta duração (cerca de duas horas) e passei-o todo a dormir. As hospedeiras até me deixaram uma sandes ao lado que me soube lindamente quando acordei. A chegada ao aeroporto foi algo engraçada, eu ia ter o Clement à minha espera. O Clement é um francês, estudante de doutoramento em geologia que o Nick (meu supervisor) tinha cravado em meu nome para me ir buscar à chegada e, ainda por cima, me acolher na casa dele.
Muito tenho eu a agradecer ao Nick...
Bem, mal cheguei ao aeroporto fui directo para a recolha das malas mas cedo me apercebi que a recolha das malas é a mesma sala (provavelmente a única) onde as pessoas esperam quem chega. Ora eu não sabia como é que o Clement era fisicamente e fiquei a olhar ora para as malas que saiam ora para as pessoas que entravam. A mala eventualmente lá saiu e o Clement entrou. Devo dizer que o Clement é um tipo porreiro, foi-me buscar, aceitou-me em casa dele (junto com a Rebecca, mas já lá vamos) e ainda se preocupou em me passear e fazer sentir em casa.
Tenho tido mesmo muita sorte!

3 comentários:

  1. Olha lá!
    o Clement é um tipo porreiro, foi-me buscar, aceitou-me em casa dele (junto com a Rebecca, mas já lá vamos)... já lá vamos mas não foste? Ou foste?
    Beijinhos,
    Rute

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  2. Olá Rute,

    Tenho a ideia que tu fazes anos por esta altura. Já estou a falhar?
    Essa do fui ou não fui já é informação a mais para um blogue publico...

    Beijos e parabéns se for o caso!

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  3. Caro amigo João Babo,
    Não espero de um cavalheiro como tu confissões deste género, nem muito menos públicas. Seria uma grande desilusão para mim!
    No entanto sugiro que desabafes com a tua amiga pelo meu e-mail que suponho que tens.
    Sim, já fiz os meus tlinta e tlês no passado dia 2. Obrigada por te teres lembrado de tão longinqua aventura.
    Beijinhos,
    Rute

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