quarta-feira, 18 de março de 2009

James Cook University

Logo no primeiro dia que cheguei a Townsville fui à faculdade onde estou correntemente a estudar. James Cook University (JCU ou correntemente nesta zona "Uni"), tem "campus" em Townsville e em Cairns e mais umas ramificações em Singapura e Brisbane (salvo erro). Esta universidade tem a sua maior força nas ciências marinhas e aconselho desde já a qualquer pessoa que seja dessa área e quiser estudar mais a tentar vir para esta universidade. Também aviso que a competição é muito forte.
O "campus" da JCU encontra-se na orla sul da cidade (Townsville), perto de uma da pequenas mas destacadas colinas da cidade e é sem qualquer dúvida uma universidade tropical. A primeira impressão é a de uma pequena selva com edifícios de betão espalhados de forma caótica. Bem, a realidade é mesmo essa, tenho de admitir que os edifícios são feios, feitos de betão e sem grandes cuidados estéticos mas a "selva" dá a esta universidade um carácter muito especial. A melhor característica é que não existe cuidado nenhum, tudo cresce "a la gardere" (espero ter escrito isto bem...). Tem também um riacho que passa mesmo pelo meio do "campus".
Como é costume nos países anglo-saxónicos todos os professores têm um nome em vez de um titulo mas aqui ainda é mais informal com as t-shirts e as sandálias flip-flop e por vezes até descalços!
Nesse dia, o primeiro em Townsville, apanhei logo com o clube de vinho que começa às cinco da tarde todas as sextas e consiste em beber vinho com os professores e alunos de pós-graduação. Com o Jet-lag e o cansaço fiquei logo um bocado tocado...
A JCU é uma faculdade cheia de carácter mas que não aconselho a um turista a vir visitar; existem outros sítios melhores para ver uma floresta tropical... Aconselho sim, todos a virem aqui estudar, especialmente as ciências do mar.

8 comentários:

  1. J,
    Gosto muito da maneira como escreves. Consigo visualizar o que descreves (à minha maneira bem sei) mas às vezes fico com a sensação que não deve andar longe da verdade porque realmente as descrições são excelentes.
    Obrigada!
    Rute

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  2. Obrigado Rute. Eu gostava de por umas fotografias e assim ficavas com a certeza. O problema é que a minha máquina pifou logo na primeira semana e agora estou dependente de outras pessoas...

    Gosto sempre de ter noticias tuas.

    Beijos

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  3. viva meu !!!

    Parece que as coisas estão a correr bem por aí !!!

    Finalmente lembrei-me de vir dar uma espreitada aqui ao teu blog, mas só não consegui perceber se foste ou não um dos indiciados pelos fogos postos que andaram para aí a lavrar na Austrália (curiosamente exactamente na mesma altura que em que para aí foste). A verdade é que sempre te achei com pinta de incendiário. Mas como os gajos aí ainda não te conhecem, se calhar o melhor é mandar uma cartinha anónima para Canberra não vão os gajos andar dormir.
    Mas vendo bem as coisas, na volta só não tens fotografias no teu blog porque estás de cana desde que aí chegaste e não queres contar a ninguém. Mas não há que ter vergonha porque os amigos são mesmo para essas ocasiões e não me lembro de teres tido tanta vergonha quando pediste para te ir buscar ao hospital porque tinhas ido levar pontos no... espera... isto não interessa para aqui.
    Então e a costoleta de kanguru é bom ou ainda não provaste? acho que tenrinho tenrinho é depois de levar uma valente passa de um jipe. acho que até se derrete na boca !!!

    bem mas parvoíce à parte é só para mandar um abraço e dizer: DEIXA DE SER FORRETA E COMPRA UMA PÔRRA DE UMA MÁQUINA QUE A GENTE AQUI GOSTAVA DE VER UMAS FOTOS. (sem ser aquela que tens no perfil que claramente foi tirada nos trabalhos forçados da prisão com uma pá a lavar as lamas dos esgotos de Townsville ou lá onde é o sítio em que foste de cana)

    Abraços,
    Lamy

    PS - Fui fazer uma pesquisazinha nas google language tools e de acordo com esta fonte, em francês "gardere" é creche e "gardenne" é jardim. A verdade é que eu sempre disse "à la gardenne" mas também não tenho a certeza de qual está correcta. Assim sendo proponho que da próxima vez utilizes a expressão "à balda" ou melhoe ainda "sem ordem ou planeamento" que produzirá certamente um efeito menos erudito mas pelo menos tens a certeza do que quer dizer e que está bem escrito !!!

    PS2 - ainda não estou convencido que estejas mesmo na Austrália... cá pra mim continuas a vicer na Amadora ou no Cacém e vais pondo estes post só p'ra fazer inveja à malta. nem tens fotografias para provar nem nada. Só acredito mesmo se me mandares uma patinha de kanguru ou um narizinho de koala pelo correio.

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  4. Olá Lamy,

    Ainda bem que apareces por aqui, é sempre bom ter noticias. Parece que fui apanhado, realmente estou a viver em Portugal, mas é mesmo na cova dos mouros...
    Quanto a fotos vai ao facebook, eu tenho uma conta só para fotos. Infelizmente a minha maquina pifou e não tenho muitas fotografias.
    Está tudo a correr muito bem. Isto é um paraíso...
    Um grande abraço,

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  5. Como verdadeiro tuga, tinhas de ir logo parar ao Clube dos vinhos!! :)

    Cheguei a este blog pelo facebook (investigadores no estrangeiro etc).

    Estou a gostar, espero que te divirtas por aí e sim também gostava de ver umas fotos.

    bjs

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  6. Caro Lamy a expressão gardere não existe em francês. Quanto à expressão em causa:

    A expressão correcta é “à Lagardère”, ou seja, “à maneira de Lagardère”.

    Lagardère era o herói da obra de Paul Féval intitulada Le Bossu (O Corcunda) e publicada em França em 1858. Era um cavaleiro destemido que dedicou parte da sua vida a vingar a morte do seu amigo, o Duque de Nevers, assassinado pelo Conde de Gonzague.

    A expressão é utilizada quando alguém faz algo com atrevimento, ousadia ou coragem, mas sem medir bem as consequências para si próprio.

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